Economia circular no saneamento: do resíduo ao recurso
- mlaydnersocialmedi
- 21 de nov.
- 4 min de leitura
Desde a Revolução Industrial, no século XVIII, extrair, produzir, utilizar e descartar tem sido o padrão de produção e consumo adotado pela sociedade, a chamada economia linear. O modelo econômico não considera as consequências dessa estrutura e trata o meio ambiente como um depósito de lixo.

Nesse viés, um subproduto do modelo linear é não somente um desperdício de material, mas um contaminante em potencial do solo e dos recursos hídricos. Por exemplo, o chamado Great Pacific Garbage Patch (Grande Mancha de Lixo do Pacífico) é o retrato mais conhecido de poluição de plástico em escala global. No modelo circular, produtos como aço e plástico podem ser reutilizados, recondicionados e reciclados no modelo circular.
Origem do novo modelo econômico
A economia circular propõe um modelo onde os produtos e materiais são reutilizados, renovados e reciclados, em um ciclo contínuo, inspirado nos processos naturais. Foi essa a percepção de David W. Pearce e R. Kerry Turner, com a publicação da obra: Economics of Natural Resources (A Economia dos Recursos Naturais), de 1989.
“Do berço ao berço"
O conceito surgiu na década de 1980 com Walter R. Stahel em seus trabalhos sobre economia circular mas foi em no anos de 2002 que o termo se popularizou e se consolidou desenvolveu pela obra de Michael Braungart e William McDonough, "Cradle to Cradle: Remaking the Way We Make Things". No livro os resíduos de um produto se tornam insumos para um novo ciclo, continuamente usados e reutilizados, eliminando o conceito de resíduo.

Além dos benefícios ambientais
A economia circular busca reduzir o desperdício, minimizar o uso de recursos naturais, promovendo uma gestão mais eficiente dos resíduos. Dessa forma, acaba por ser vantajosa financeiramente para as organizações que o adotarem.
Redução de custos de produção:
Ao reutilizar e reciclar materiais, as empresas diminuem a necessidade de comprar novas matérias-primas. Em resíduos específicos, como eletrônicos, é possível recuperar metais preciosos e outros componentes que são reintroduzidos na cadeia produtiva.
Redução de custos com energia:
A economia circular promove a eficiência energética e a utilização de fontes renováveis, reduzindo os custos com energia.
Redução de custos com descarte:
Ao reutilizar e reciclar resíduos, as empresas reduzem os custos associados ao descarte e tratamento de resíduos.
Valorização institucional:
A internalização das práticas de economia circular podem melhorar a imagem da empresa, atraindo investidores e consumidores que valorizam a sustentabilidade.
Redução de custos de transporte:
A economia circular pode reduzir a distância e o custo de transporte de materiais, ao reutilizar resíduos localmente e diminuir a dependência de fornecedores distantes.

O modelo pode ser implementado em toda estrutura de produção e consumo mundial, desde a produção de alimentos nas áreas rurais até os complexos industriais, nos mais diversos setores. No comércio, por exemplo, adotando sistemas de retorno de produtos e embalagens para a fase pós-consumo, permitindo a sua reutilização ou reciclagem. O uso de embalagens reutilizáveis e retornáveis é uma prática crescente no comércio, reduzindo o desperdício de embalagens descartáveis.
No exemplo da indústria, o redesenho de produtos busca maior durabilidade e facilidade de reciclagem, ação essencial para a transição para o modelo econômico circular, que já está sendo implementado no mercado com ótimos resultados.

Como o setor de saneamento pode transformar resíduos em energia e insumos
Compostagem de resíduos orgânicos, reúso de água e geração de biogás são exemplos de práticas circulares aplicadas no saneamento — e que promovem inovação com sustentabilidade.

Geração de Energia a Partir de Resíduos (Waste-to-Energy):
A partir de processos de biodigestão, o lodo, resultante do tratamento de esgoto e de alto custo de descarte, é possível produzir biogás, através da digestão anaeróbia, que rende excelentes resultados na geração de energia.
Reaproveitamento de água em ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) e ETAs (Estações de Tratamento de Água):
A água tratada nas ETEs, após passar por processos de tratamento, pode ser utilizada em diversas atividades não potáveis, como irrigação de áreas verdes, lavagem de ruas, refrigeração industrial e outros usos que não exigem água de qualidade potável. Em ETAs, a água pode ser reutilizada em processos internos, como a limpeza de equipamentos e a lavagem de filtros.


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Compartilhe sua opinião nos comentários!Escrito por Anna Beatriz Petrillo Won Held de FreitasProdução Virtual: Hannah Sloboda







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